In andar de autocarro crónica experiência rir texto cómico

Hoje deu-me para isto!!!

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Mais uma volta, mais uma vergonha!


Pode não parecer, mas estou a falar de andar de autocarro. Para os habitantes mais comuns deste planeta, andar de autocarro é a coisa mais fácil e simples do mundo. Mas não para mim. E não é por ser burra. Não, não me considero como tal. É porque me falta experiência. Sempre andei mais a pé e de expresso… e depois, já mais crescida, de carro. Mas continuo a andar muito a pé e não tenho dificuldades nisso. Estão a ver? Não sou assim tão burra.

A questão é que raramente ando de autocarro. E de cada vez que vou andar de autocarro quero parecer uma utente já mais que habituada a andar de autocarro. Uma pessoa que é pro a andar de autocarro. No entanto, nunca consigo. E os motivos são vários.

Ou porque não sei exatamente em que paragem para aquele autocarro que quero apanhar, ou porque não fiz sinal ao condutor para parar e me deixar entrar na sua lagartixa rolante, mesmo sendo eu a única pessoa a esperar impacientemente pelo autocarro naquela paragem e a fazer um claro e óbvio contacto visual com o motorista que significa: “Para, caraças. Quero entrar nesse veículo e viver esta nova aventura que é andar de autocarro por 10 minutos!”. Não, afinal devia ter levantado o braço e fazer-lhe sinal, à semelhança dos peregrinos a dizer adeus a Nossa Senhora em Fátima, com o seu lenço branco. Humm… se calhar isso do lenço branco até era boa ideia!!!!

Mas os problemas não terminam aqui. Depois o motorista, para além de me dizer, com o seu ar de superior e doutorado no assunto: “Tem que fazer sinal para parar, senão arrisca-se a ficar.” (em terra? Será que ele pensa que o autocarro é tipo um Titanic e ele é o comandante? Bem, isto é assunto para psicólogos, não para mim.)… Depois ainda decide continuar a conduzir e a dar-me o troco com o seu veículo em andamento. E eu ali agarrada ao ferro, com o guarda-chuva na mão, em pé e aos solavancos, tenho que abrir a minha mão para receber o troco. E ele, com a sua voz de comandante poderoso diz: “Confira o troco”. E eu: “Sim, mas vou sentar-me primeiro.!!” E desato em passos apressados para o banco mais próximo da porta de trás e da campainha. Ufa!! Troco certo! Ufa!! Agora é estar atenta para tocar na campainha quando estiver a poucos metros da paragem onde quero sair.

E no meio desta azáfama, já estão os outros passageiros a olhar para mim e a pensar, também com o seu ar de superioridade e de quem está mais que pro em andar de autocarro: “Olha, esta não sabe andar de autocarro! Que croma!”

E nisto começa a outra preocupação. "Hummm, com quantos metros de antecedência devo tocar na campainha para o comandante parar este pseudo-barco-terrestre na paragem que eu quero? Não sei." Mas arrisco e toco na campainha.

O comandante olha pelo espelho para ver qual foi a alma que o vai obrigar a parar outra vez. E lá está, é outra vez aquela chata criatura que não percebe nada de andar de pseudo-barcos-terrestres.

Eis que para no porto, mais conhecido por paragem do autocarro, e eu, qual ser pequenito, levanto-me perante as portas que abrem pela ordem do comandante e zás….saio, ao mesmo tempo que penso: “Tens que sair deste veículo muito depressa. O comandante não tem tempo a perder.”

Agora digam-me, será que não seria aconselhável criarem um manual para utentes principiantes de autocarros?

Enquanto isso não acontece, vou experimentando esses veículos esporadicamente, tentando melhorar a minha técnica. Quem sabe se daqui a uns anos não serei eu a olhar com o meu ar superior para os principiantes nestas andanças!?

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